
Minha casa tem nome, minhas coisas tem história, minha vida tem poesia…acredito que este é um privilégio meu – que poderia ser de todos que se permitissem sonhar…
Os medíocres ignoram os detalhes, mas é justamente neles que me encanto: na mágica infinita das possibilidades…na oportunidade de ressignificar cada momento com um pouco de nós. A velha – e sempre atual – história – de Heráclito e seu famoso banho de rio.
É tempo de final de ano e eu me reencontro com antigos lugares aos quais dou novos sentidos. Em plena viagem literal, começo minhas viagens figuradas….
É tão claro porque amo pedalar – por que dá o tempo de perceber e saborear os detalhes e guardar em cada um dos sentidos lembranças inesquecíveis que vão fazendo sentido mais adiante na vida…
Primeiro dia de férias e fui pedalar até um lugar chamado Punta Ballena: uma pequena península que se lança ao mar….uma estrada que termina cercada de água e beleza por todos os lados….larguei os pedais e me senti voando…tudo mais que vivi ali passou na minha cabeça…tudo que ainda vou viver me arrepiou a espinha…me senti um gigante engolindo o mar…berrei…me senti pura energia, puro vento, puro sol…senti o poder que todos temos e que muitas vezes esquecemos…o poder de ir e vir…o poder de sentir e se entregar de peito aberto para a vida. O poder de querer.
Não me arrependo do que vivi. Tudo me trouxe até aqui. E o sentido sempre virá! O fundamental é permitir que a vida dance conosco…e pise no pé se for preciso…Tudo é história. Tudo faz sentido.
E onde ficam as coisas? Como diz um poeta que amo, se as coisas têm alma, a alma das coisas somos nós. Então, para fechar o ano nada melhor do que a certeza de que posso ser feliz em qualquer parte do mundo, e fazer minha história. Você também.
[…] meu blog, percebi que ele é o desfecho de uma triologia – comecei escrevendo sobre “o sentido das coisas“, evolui para “o desafio de abrir espaços e poros” e então me deparei com a […]
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