
Eu tenho dois pais no céu…e as vezes sinto uma saudade danada daquele que me abraçava e dava colo aqui em baixo…que fazia graça fazendo cafuné e fazendo de conta que catava carrapatos na minha cabeça.
Meu pai era o máximo! Meu pai era engenheito civil de poucas palavras e muita ação. Depois que ele faleceu, encontrei entre suas coisas uma placa que dizia: “uma construção de Walter Strüssmann”. Tenho esta placa exposta até hoje com muito orgulho em minha casa, embora não tenha sido o meu pai que a construiu. Pois bem. Um dia destes uma amigo viu a placa e sugeriu que em uma das paredes eu deveria fazer uma pintura de mim e abaixo colocar a placa. Galanteador, ele disse que eu deveria ser a melhor construção de meu pai. Acho exagero dele, afinal, meu pai recebeu diversos premios com seus telhados maravilhosos e obras sólidas que não deixam dúvida de seu talento…
Neste Dia dos Pais sem pai – já estou quase debutando – lembrei da brincadeira e pensei que meu amigo galanteador tem toda razão: não que eu seja a melhor obra do meu pai, mas com certeza sou sua construção.
Se eu pensar nos cavalos puro sangue – hoje meus companheiros diários, nenhum deles vale alguma coisa na corrida se não tiver sua filiação. Só mais um exemplo para comprovar a teoria de que os gens fazem toda diferença. E que a vitória de um, é a vitória de toda linhagem! Nesta linha de raciocínio, cada vitória minha, é uma vitória dele. Se a criatura é feliz, com certeza o criador o será…independente de onde ele estiver. Pensar assim torna mais doce a saudade e mais poética a batalha de cada dia! Com todas minhas conquistas, alegrias e lições homenageio meu pai amado, meu criador!
Ao meu pai, que me ensinou a beber cerveja e adoria se eu tivesse aprendido alemão, Prost!
Um prost pro papai! Que está no sangue…e no coração. Pra sempre!