
Hoje eu entendo o pit Bull. ..
Mas só em dias como hoje que eu acordo com uma vontade imensa de engolir o horizonte. Como se fosse esta a condição para existir. Queria eu – como ele – num pulo agarrar a vida e morder forte para que ela não me escape. Sentir concretamente. Fazer sem pensar. Sem mesmo parar de latir – como foi o caso dele. Tão intensa e real quanto a dor foi aquele latido abafado na minha perna. Que glória, que potência. Viva o instinto!
O fato é que neste marasmo do dia a dia em que sempre temos que engolir sapos e lidar com lobos travestidos de carneiro, de tanto pisar em ovos parece que um dia a gente corre o risco de desaparecer. São estes rompantes que parecem salvar e resgatar nosso eu.
Sim! Eu quero engolir horizontes e preciso do vento, do verde, da força que se esconde nos medos e nas mágoas. Só o caminho a revela…