No balanço da rede

Todos temos sonhos…mas nunca dá para esquecer o balanço da rede: tudo que vai vem…e poderia ser ao contrário – mas não nessa ordem inversa se queremos realmente ser felizes a cada dia! Podem até tentar nos confudir, mas a vida começa em nós. Nós é que decidimos o que vai…

Há tempos que venho com a idéia de escrever sobre as misturas que fazem na vida entre o meio termo e o ponto de equilíbrio; entre o ter e o viver, entre ação e reação….

E foi hoje, em um exercício de auto controle,  exercitando a seleção entre muitos quereres que tudo pareceu mais claro…enquanto a brisa de verão ia e vinha as idéias começaram a se encaixar…Há tempo para tudo e tudo é maravilhoso!

Lembrei do papo sem pressa com o taxista a caminho do aeroporto….eu ia para a cidade maravilhosa e tinha sido proibida pelo médico de fazer exercícios.  Ou seja: estava livre do nervoso de ter que escolher entre tantos amores: o mar, a floresta, a bike, o chopp black…ia “serena” desfrutar mais cada momento…e assim foi feito.

Na ocasião comentamos como as pessoas confundem o  equilíbrio com ficar em cima do muro. Com certeza, o equilíbrio entre 8 e 80 não é o morno, não é o muro,  nem ao menos é o 40! O equilíbrio,  é entregar-se 100% para todos os campos da vida: viver o pessoal, o profissional, o espiritual sempre com dedicação e empenho.  Com valores. Aliás,  este foi um dos pontos altos da conversação…ah! Se todos assumissem seus valores, brigassem por eles, com certeza este seria um mundo melhor. E brigar também não é porrada. É convicção, coerência, comprometimento e constância.  E o taxista, logo na conversa quebra gelo, já havia me dito que era pai de 12 filhos: 8 de coração e 4 também biológicos. E depois, como uma engrenagem,  todas suas falas foram se encaixando…nas suas respostas,  dava força as minhas teorias. Definitivamente,  não posso ser condenada por assumir meus sonhos e viver por eles a cada dia, em todos campos…

Embalada nestas reflexões – e segue o balanço da rede – lembrei o quanto são tolas as pessoas que querem ter, possuir…principalmente pessoas! É aí que volta o ponto de equilíbrio: e daí se não tiver (ou estiver) amanhã?  O importante é viver 100% hoje, como uma experiência completa, como uma vivência repleta…

Em todos meus textos, acabo voltando na máxima de que o que realmente importa para mim não é o que podem me tirar, mas sim a vivência,  os momentos únicos que me fazem suspirar,  que me emocionam ao lembrar. Bagagem. Peso que não pesa – mas que dá firmeza e consistência para ir além…e também a certeza de que se assim na vida se vai, tudo de bom com certeza vem…

Como a rede que embala e aconchega, como a rede que vai e vem…

Estou feliz e leve neste exato instante, embalando pensamentos ao vento…para que dispersar tempo e energia pensando em como domar a reação?  O que vale é a ação. Chega de confusão…O que vale é o que vai no coração! 

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